sexta-feira, 5 de março de 2010

Versão 2010!

Pois é, o ano letivo está batendo na portinha para começar, e com ele, muitas histórias de ônibus, nessa minha vida de universitáriabusóloga!!

Hoje foi dia de rematrícula, e lá fui eu, não direi que muito feliz, mas eu fui e fiz!
Aproveitei que estava perto da reitoria e fui buscar o meu cartão do passe estudantil, que esse ano está cheio de regras... pausa... no ano passado as regras não existiam?! Lógico que existiam, mas parece que em 2010 está mais rígido.

Concordo mesmo que seja rígido, odeio aquela molecada com roupa de Smurf fazendo bagunça no ônibus (sim, estou bem velha!), aquelas senhorinhas abusadas que ficam olhando com cara de piedade após terem caminhado por tooodo o centro, e querem tirar a pobre estudando universitária que passou o dia inteiro no campus, andando de um lado para outro, sem comer direito e todo aquele sofrimento universitário conhecido por muitos... Além dos "deficientes" que são mais eficientes e espertinhos e usam seu cartãozinho do ônibus para andar atoa por aí, nada de tratamento.
Obs: estou citando apenas alguns casos, não generalizando a situação.

Mas voltando ao meu emocionante reencontro com o meu cartão do passe.
Ele voltou para as minhas mãos, e a funcionária ficou falando, falando, falando. Parecia até que eu estava usando um boné de crochê escrito "vida loka"!!
E usei o meu passe, mais um feliz ano sem pagar passe nas idas para a facul \o/

Estava bem feliz no terminal, esperando meu ônibus para voltar para casa, colocando os assuntos das férias em dia com uma colega da faculdade... quando, de repente, não mais que de repente vi uma cena chocante!!!

Um homem praticamente tirou o nariz do rosto para poder cutucar o nariz bem lá dentro!
Não satisfeito com sua cutucada, coceira ou sei lá o que, trocou de dedo e continuou o seu caminho pelo terminal a limpar o seu enoooorme salão!
Tá, que o homem estivesse com coceira, que fosse incontrolável ou mais forte do que ele, não é esse o problema.
Em todo caso, reparei que roupa ele usava para cuidar se ele não ia parar na mesma plataforma que eu, porque certamente, aqueles dedos melequentos iriam segurar em algum lugar em algum ônibus.
Graças ao bom Deus, não foi o meu!

Por favor, eu imploro, não limpem o nariz em locais públicos!!
Não peguem ônibus!
(em todo caso, meu álcool continua dentro da bolsa, mais um ano consecutivo!)

Fucinhos, estamos de olho!

sexta-feira, 3 de julho de 2009


Ainda sem condições de postar qualquer coisa, após a perda do nosso velhinho!

Amamos você até o final!
Nossos melhores dias foram do seu ladinho, e nosso sorriso mais sincero foram com suas graças.
A saudade dói, mas sabemos que você foi presente de Deus, confiado a nós para ajudar a cuidar da Criação perfeita dEle.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Travesseiros e edredons


Hoje eu estou revoltada, pois desde que começou o inverno (que nem é tão intenso aqui em Campo Grande), as pessoas estão surtadas comprando cobertores, roupas de frio, usando casacos que mais parecem infláveis, edredons, travesseiros, mantas, botas, enfim, tudo o que você precisa para sobreviver no Alasca.

Por mim, que comprem o que quiserem, e paguem suas parcelas direitinho depois.
Mas que culpa tenho eu, pobre criatura, que pego o ônibus lotado, para ficar levando afofadas de cobertas durante todo meu trajeto?

Chega a dar um frio na espinha quando vejo aquelas pessoas passando pela roleta com uma sacola enoooorme da Riachuelo, Marisa, Pernanbucanas, Lojão do Povo ou qualquer outra do gênero, vindo em minha direção, me batendo como se eu fosse um joão-bobo, merecedor de ser abafada ou espremida contra alguma barra do ônibus!

Estou revoltada!!!

Não agüênto mais ser afofada ou levar travesseiradas na cabeça, como se estivesse em meio a uma daquelas boas e velhas guerras de travesseiro da minha infância!
Eu só quero ter o direito de abrir meu livro e ler, sem esbarrões amaciados com estampas bizarras.
Quero aproveitar o lugar que batalhei para conseguir, sem sentir as cutucadas dos travesseiros, como se falassem: estou cheeeeia de compras, me dá o seu lugar?

Cansei de ser afofada! Sou magrinha, mas não sou de plumas de ganso.
Comprem seus edredons, mas não afofem as pessoas com eles!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

É meu povo, quem não tem história de ônibus para contar, praticamente não viveu!
Essa semana ouvi muitas delas, casos engraçadas, cenas sofridas, corridas para não ser deixada no terminal... Histórias que pouco a pouco serão relatadas aqui.
Casos envolvendo índias e velhinhas, quedas, acidentes, fofocas, calor humano e afins.

Para aqueles que são busólogos como eu, sabem como os odores do ônibus são bem específicos e únicos! Sempre tem alguém com algum cheirinho bem desagradável, aquele perfume de álcool ou usando desodorante Avanço, pendurado e sacolejando em meio aos populares.
Pelo menos quando esses odores já entram assumidos no ônibus, você consegue se desviar, virar o rosto para um lado, colocar a cabeça para fora da janela, dá-se um jeito.
Mas e quando o odor surge? Escapa e toma conta de lugar?

Conta a história de um primo de uma amiga... enfim, as fontes não interessam... que estava naquele típico ônibus lotado pelos populares amassados e preensados uns nos outros, quando um cidadão quis bancar o espertinho, e encostou suas nádegas (fica melhor se você pronunciar "nádigas"), nas nádegas de uma velhinha, e soltou um flato, um gás, um pum, um peido!
Penso que ele acreditou que a velhinha ficaria na dúvida se teria sido ela a liberadora de gases tóxicos na atmosfera do ônibus.
O tiro saiu pela culatra, literalmente, e a velhinha sentiu que tinha sido ele!
Começou aquele auê, e a velhinha começou a xingar:
- Relaxado!!
- Mal educado!!
- Podre!!
(xingamentos mais pesados que eu consigo imaginar)
De qualquer maneira, os xingamentos não fizeram o odor dispersar.

Queridos passageiros, por favor, não soltem pum no ônibus, ainda mais agora, que estamos vivendo dias frios e as pessoas insistem em manter as janelas fechadas!

sábado, 30 de maio de 2009

Histórias de ônibus

Certa vez vi um desses comediantes que não são famosos, em um programa de auditório, dizendo "O ônibus é uma vida". Na verdade, de toda a piada, esta foi a frase que eu gravei.
E não é que o ônibus é mesmo uma vida.
Histórias de ônibus surge com o objetivo de contar histórias desta vida. Hilárias, revoltantes, em forma de causo ou protesto...

Analise bem: a maior parte da população brasileira não anda (e talvez nunca vá chegar perto) de metrô, muito menos de trem ou de bondinho. Alguns tem carro, mas nem que seja por acidente de percurso, um dia na vida, ainda vai sentir o gostinho pobre de andar de ônibus!
E cada ponto que o ônibus para é uma história, um causo, um conto.
A idéia é reuní-las aqui, as minhas, as suas, as histórias de quem ouvimos, a história de um primo do vizinho do dono do bar da esquina. O ônibus é uma vida.


História inaugural:

Dizem por aí que não existe mais homem como antigamente, que os homens sentam no ônibus, colocam seus fones e nem olham para as mulheres para não sentir vontade de oferecer o lugar.
Mas, um dia desses, eu vi um desses homens à moda antiga que foi capaz de oferecer seu lugar para uma mulher que entrou no ônibus.
Surpreendente foi a reação da mulher ao ouvir a gentileza:
"- Porque você está me oferecendo lugar? Fala, porque o senhor quer que eu sente aí?"
O pobre homem, humilhado, não reagia, apenas oferecia o seu lugar (provavelmente batalhado), para aquela mulher em fúria.
Não bastassem os gritos da mulher, uma senhora atravessou o corredor do ônibus gritando que aqueles dois não estavam na sala de suas casas para ficar conversando e atrapalhando o corredor do ônibus.
Pobre homem, mais uma vez, humilhado!
Agora a mulher não sabia se continuava xingando o homem ou a velha... mas como a senhorinha já estava lá no fundo, foi melhor continuar berrando com o homem que ainda permanecia em pé oferecendo seu lugar.
Resultado: o homem sentou, e a mulher berrou:
"- Me ofereceu lugar pensando que eu tô grávida? Eu sou é gorda! Essa barriga aqui é de gordura! Vou embora daqui".
E lá se foi a mulher revoltada, agora com todos os olhos do ônibus voltados para sua camada avantajada de tecido adiposo no abdome, ficar pendurada nos degraus do ônibus.


E ainda ousam dizer que não se fazem mais homens como antigamente!